Um País Sem Excelências e Mordomias é um livro “obrigatório”, conforme o site da Geração Editorial, para todo brasileiro que sonha com um país melhor: Canadá, Estados Unidos, Dinamarca, Finlândia, Alemanha, …
No entanto, por que não acreditar que o Brasil pode ser melhor?
Não É Fácil, Ninguém Duvida
No dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, excelência tem como primeira definição “qualidade do que é excelente; qualidade muito superior“.
Aqueles que deveriam ser os responsáveis pela qualidade superior dos serviços públicos são os primeiros a descumprir os princípios constitucionais indispensáveis à excelência dos serviços prestados à sociedade.
Com raras exceções, os serviços públicos prestados ao povo brasileiro são de péssima qualidade: na Educação, na Saúde, na Segurança Pública, na infraestrutura das cidades, na Justiça, no atendimento dos serviços públicos em geral.
Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade, Eficiência
Os princípios contidos no artigo 37 da Constituição Brasileira de 1988 tornaram-se letra morta diante da insanidade narcisística e das ambições desmedidas daqueles que deveriam ter posturas dignas enquanto representantes do povo.
Os princípios estão lá, na Constituição, no papel. Distantes, no entanto, da realidade do Brasil, pois grande parte dos detentores dos cargos públicos no Brasil – em quaisquer dos três Poderes – está mais preocupada em satisfazer seus próprios interesses do que os da coletividade.
O significado sublime de cada princípio não deixa dúvida: no Brasil, os interesses pessoais estão acima das necessidades da sociedade, com raras exceções. Legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência: palavras incorporadas à Constituição Federal cujas definições precisas, em regra, não vingam neste país.
Usufruir de benesses inconciliáveis com os princípios constitucionais – salários incompatíveis com a realidade do País; prerrogativas indecentes; privilégios nababescos; nepotismo; clientelismo; poder no estilo “sabe com quem está falando?“; patuscadas com o dinheiro público; mordomias dignas de reis e rainhas; … – é o desejo maior de muitos que lutam para chegar ao poder, seja no Executivo, no Legislativo ou no Judiciário.
Excelência no Tratamento versus Excelência no Atendimento
No Brasil, excelência tornou-se uma forma de tratamento – Vossa Excelência – associada a privilégios inconcebíveis ante um país com serviços públicos que beiram o caos.
Juízes, procuradores, desembargadores, senadores, deputados, governadores, prefeitos, vereadores, ministros de Estado, …, até delegados de polícia (links abaixo): são muitos a gozar de excelência no tratamento. Todavia, na qualidade do atendimento às demandas da sociedade, a excelência não é regra.
Os números referentes ao Brasil são nefastos quando comparados aos dos países em que a excelência que prevalece não é a do interesse privado, mas a do interesse público.
Superar posturas provincianas seria o primeiro passo em direção à modernidade, à transformação do Brasil em um país melhor.
Ver:
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-que-juizes-escandinavos-acham-das-mordomias-que-seus-colegas-no-brasil-se-autoconcedem-por-claudia-wallin/
https://br.noticias.yahoo.com/blogs/claudio-tognolli/delegados-da-pf-exigem-tratamento-chic-e-deixam-130305827.html
http://geracaoeditorial.com.br/pais-sem-excelencias-e-mordomias-um/