“(…) os policiais devem também ser reconhecidos e se reconhecerem cada vez mais como trabalhadores e sujeitos de direitos que, portanto, podem ser vítimas de uma política estatal equivocada (…)“
Por Anderson Duarte, Policial militar e mestre em educação, em:
Tanto quanto a estrutura de cargos policiais, a gestão dos órgãos policiais necessita de uma ampla reformulação.
Influenciada por uma estrutura anacrônica de cargos policiais (uma babel: agentes, cabos, capitães, coronéis, delegados, escrivães, investigadores, majores, papiloscopistas, peritos, sargentos, soldados, tenentes) a administração das polícias brasileiras (civis, militares, federais) desprivilegia aspectos importantes dos recursos humanos no cotidiano profissional dos policiais.
Sem apoios psicológico, médico e social adequados, sem perspectivas de crescimento e valorização profissionais na carreira (inexistente, diga-se de passagem), com formação deficiente e doutrinas policiais obsoletas (com raras exceções, seletivamente em alguns setores), os “trabalhadores” policiais saem de suas unidades policiais totalmente despreparados para enfrentar a violência urbana e a crescente complexidade dos crimes.
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